quinta-feira, 23 de outubro de 2014

Corpo está congelado no DPT há mais de um ano

Como se não bastasse a dor de perder um ente querido, uma família de Feira de Santana vem sofrendo há mais de um ano, aguardando a liberação do corpo de um parente que está congelado em uma das geladeiras do Departamento de Polícia Técnica (DPT) de Feira de Santana.

A demora na liberação se dá pela necessidade do exame de DNA no corpo de Edivaldo Brito dos Santos, que tinha 42 anos, e que cometeu suicídio por enforcamento no dia 20 de agosto do ano passado. De acordo com familiares, o corpo foi encontrado uma semana depois já em estado de putrefação e por isso o órgão solicitou o exame para comprovar a identidade, já que a vítima não possuía documentos de identificação no momento em que foi encontrado.

“Estamos falando de um corpo humano que está aí podre, sem poder ser enterrado enquanto o pai, os irmãos, todos nós da família vem sofrendo e ninguém faz nada. Estou me sentindo muito humilhada, já estivemos várias vezes aqui e damos viagem perdida”, desabafou Matildes Souza, cunhada da vítima.

Apesar da realização do exame dias após o cadáver ser encontrado, famíliares afirmam que o reconheceram, e desde então, lutam pela liberação dos restos mortais para que seja feito um enterro digno. Entretanto, o Departamento de Polícia Técnica orienta a família a esperar pelo resultado que já perdura por um ano e dois meses.

O suicídio

No dia 20 de agosto de 2013, Edivaldo Brito dos Santos que sofria de problemas mentais, saiu da fazenda Terra Nova, no distrito de Bonfim de Feira - onde morava, com destino a casa do pai, porém não foi mais visto.

A família o procurou por vários dias, encontrando-o morto no dia 26 pendurado por um cordão feito com meias nas dependências da fazenda Cajá, no município de Anguera, onde o pai morava. O corpo em avançado estado de decomposição foi encaminhado ao DPT de Feira de Santana para ser periciado.

Ameaça de protesto

Ainda segundo Matildes de Souza, caso o corpo não seja liberado até o final do mês de outubro a família pretende fazer uma manifestação em frente ao Departamento de Polícia Técnica para chamar a atenção da direção do órgão, para que acelere o procedimento de reconhecimento e liberação dos restos mortais para o sepultamento.

“Não temos mais lagrimas para chorar. É triste saber que o corpo está aqui parecendo um pedaço de carne sem poder ser enterrado, vamos fazer essa manifestação caso o corpo não seja liberado até o final do mês”, ressaltou.

A reportagem procurou a direção do órgão, mas o gestor Renato Lacerda está de férias e o responsável pelo DPT na ausência do coordenador não quis gravar entrevista.

Com informações de Denivaldo Costa e foto do Blog Central de Polícia.

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