Como se não bastasse a dor de perder um ente querido, uma
família de Feira de Santana vem sofrendo há mais de um ano, aguardando a
liberação do corpo de um parente que está congelado em uma das geladeiras do Departamento de
Polícia Técnica (DPT) de Feira de Santana.
A demora na liberação se dá pela necessidade do exame de DNA
no corpo de Edivaldo Brito dos Santos, que tinha 42 anos, e que cometeu suicídio
por enforcamento no dia 20 de agosto do ano passado. De acordo com familiares,
o corpo foi encontrado uma semana depois já em estado de putrefação e por isso
o órgão solicitou o exame para comprovar a identidade, já que a vítima não
possuía documentos de identificação no momento em que foi encontrado.
“Estamos falando de um corpo humano que está aí podre, sem
poder ser enterrado enquanto o pai, os irmãos, todos nós da família vem
sofrendo e ninguém faz nada. Estou me sentindo muito humilhada, já estivemos
várias vezes aqui e damos viagem perdida”, desabafou Matildes Souza, cunhada da
vítima.
Apesar da realização do exame dias após o cadáver ser
encontrado, famíliares afirmam que o reconheceram, e desde então, lutam pela
liberação dos restos mortais para que seja feito um enterro digno. Entretanto,
o Departamento de Polícia Técnica orienta a família a esperar pelo resultado
que já perdura por um ano e dois meses.
O suicídio
No dia 20 de agosto de 2013, Edivaldo Brito dos Santos que
sofria de problemas mentais, saiu da fazenda Terra Nova, no distrito de Bonfim
de Feira - onde morava, com destino a casa do pai, porém não foi mais visto.
A família o procurou por vários dias, encontrando-o morto no
dia 26 pendurado por um cordão feito com meias nas dependências da fazenda
Cajá, no município de Anguera, onde o pai morava. O corpo em avançado estado de
decomposição foi encaminhado ao DPT de Feira de Santana para ser periciado.
Ameaça de protesto
Ainda segundo Matildes de Souza, caso o corpo não seja
liberado até o final do mês de outubro a família pretende fazer uma
manifestação em frente ao Departamento de Polícia Técnica para chamar a atenção
da direção do órgão, para que acelere o procedimento de reconhecimento e liberação
dos restos mortais para o sepultamento.
“Não temos mais lagrimas para chorar. É triste saber que o
corpo está aqui parecendo um pedaço de carne sem poder ser enterrado, vamos
fazer essa manifestação caso o corpo não seja liberado até o final do mês”,
ressaltou.
A reportagem procurou a direção do órgão, mas o gestor
Renato Lacerda está de férias e o responsável pelo DPT na ausência do
coordenador não quis gravar entrevista.
Com informações de Denivaldo Costa e foto do Blog Central de Polícia.
Com informações de Denivaldo Costa e foto do Blog Central de Polícia.
Nenhum comentário:
Postar um comentário